Tenho uma ideia. Como transformá-la em negócio?

Empreendedorismo, Inovação, Inspiração 30 Julho 2019

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Conceber produtos e serviços que atendam uma real necessidade de mercado é o pulo do gato para a criação de negócios

Constantemente sou abordada por pessoas que querem empreender mas não sabem por onde começar. A pergunta mais comum é: tenho uma ideia, mas como transformá-la num negócio? 

Já tive oportunidade de falar isso aqui, mas nunca é demais repetir: Um negócio não começa apenas com uma ideia criativa. Ele começa com a vontade de resolver um problema. Normalmente é uma lacuna de mercado detectada pelo empreendedor atento às novas oportunidades. 

Os melhores negócios se originam de necessidades não atendidas: das mais básicas (como alimentação e segurança) até as mais simbólicas (como necessidade de afeto e autoestima). Para saber, procure sobre “Hierarquia das necessidades”, do psicólogo americano Abraham Harold Maslow. 

Mas se o problema é o ponto de partida para a ideia, é no trabalho duro que o empreendedor cria um negócio de verdade. O primeiro passo é conhecer muito bem o público-alvo a ser atendido. Observar, perguntar, entrevistar e se colocar no lugar do provável cliente. 

Pesquisar dados, mergulhar nos indicadores, entender o contexto, descobrir quem são os seus possíveis concorrentes e quais soluções estão ofertando. Fazer análise o mercado e delimitar muito bem o problema a ser resolvido. Nas metodologias ágeis usadas na construção de startups essa fase é chamada de Problem-Solution Fit. A solução ainda nem foi concebida, mas o problema será investigado até que se chegue a uma proposta de valor adequada para o cliente.

Mas lembre-se: uma solução só será considerada uma oportunidade de negócio se responder a alguns critérios básicos conhecidos como FILTRO DE VIABILIDADE. Tente responder a pergunta:  

  1. A proposta e valor tem um benefício claro para o cliente?
  2. Há um número significativo de pessoas dispostas a comprar a solução neste momento?
  3. A solução apresenta diferenciação em relação aos concorrentes? Quais as vantagens competitivas, diferenciação e inovação?
  4. A solução é viável tecnicamente? 
  5. Qual o retorno econômico a solução pode proporcionar? 

Depois que você já passou pelo Filtro de Viabilidade, é importante descrever de uma forma sucinta e objetiva a solução que seu produto ou serviço irá oferecer. Este descritivo deve conter os benefícios que serão entregues com a solução, os diferenciais e o mercado a ser atendido.

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*Alice Salvo Sosnowski é jornalista, consultora de negócios, autora do livro Empreendedorismo para Leigos, da editora Alta Books, professora de empreendedorismo e mentora de empreendedores, startups e empresas de diversos setores com mais de 12 anos de atuação na área.


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